MARIA
STELA PARIS
A
IMPORTÂNCIA DA EAD EM
SANTO AUGUSTO , ONDE A PROCURA PELOS CURSOS DO GÊNERO CRESCE EM MEIO AO PRECONCEITO
CONTRA A MODALIDADE
TRÊS PASSOS/RS
2011
MARIA
STELA PARIS
A
IMPORTÂNCIA DA EAD EM
SANTO AUGUSTO , ONDE A PROCURA PELOS CURSOS DO GÊNERO CRESCE EM MEIO AO PRECONCEITO
CONTRA A MODALIDADE
Projeto de
Pesquisa apresentado ao Departamento de
Didática da Unicid (Polo de Três Passos/RS), como exigência parcial para obtenção
do título de formada em Tecnologias e Ead.
Orientadora: Profª. Leociléa Aparecida
Vieira
Três Passos/RS
|
2011
RESUMO
Este trabalho propôs como tema de
estudo a importância e, principalmente, o preconceito contra a Educação a
Distância (EaD) em Santo
Augusto , noroeste do RS. O intuito desta pesquisa foi o de
mostrar para os moradores da cidade o quão importante é esse processo de
ensino-aprendizagem - onde professores e alunos se comunicam em tempos e/ou
espaços diferentes - tentando
contribuir com a conscientização daqueles que ainda não compreenderam tamanha
importância, mesmo que seja através das ações de outras pessoas, que porventura
ocorrerem a partir da publicação deste trabalho. Para o desenvolvimento deste estudo, foram
realizadas pesquisas bibliográficas e de campo, com a finalidade de
compreender, analisar e descrever a qualidade do ensino, a satisfação dos
alunos e, principalmente, a questão do preconceito contra a Educação a
Distância em
Santo Augusto. Foram realizadas três entrevistas
pessoalmente, envolvendo um aluno e duas professoras (tutoras) de EaD, e
aplicado um questionário a alunos e
ex-alunos de cursos a distância na cidade. Os dados obtidos dão uma noção do
que o ensino a distância representa para Santo Augusto, e do nível de
preconceito existente na cidade. Felizmente, o que se pode concluir com esta pesquisa é que, apesar das ações
discriminatórias que ainda existem, os avanços são grandes e a cidade tem sido
muito beneficiada com os bons resultados alcançados pelos que, ignorando todos
os obstáculos, vencem e colocam em prática tudo o que aprenderam.
PALAVRAS-CHAVE: Preconceito EaD/Santo Augusto; Importância EaD/ Santo
Augusto; EaD Santo Augusto.
- INTRODUÇÃO
Este trabalho foi elaborado com o objetivo de analisar a
importância da EaD para os moradores de Santo Augusto/RS, e a questão do
preconceito contra a modalidade na cidade. Para tanto, além das literaturas, procuramos saber o que alunos, professores e
tutores têm a dizer sobre o assunto; buscamos
ainda identificar situações que estivessem em consonância com o tema em questão,
e concluir, através de pesquisa, qual o nível de satisfação dos alunos e a
avaliação que os mesmos fazem em relação ao preconceito contra a EaD na cidade
de Santo Augusto/RS.
Moran (1999)
define Educação a distância como “o processo de ensino-aprendizagem, mediado
por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou
temporalmente”. Por isso o
preconceito, de um modo geral, existe desde que o sistema foi criado, já que
muitos consideram o fato das aulas não serem presenciais algo inconcebível,
totalmente ineficaz. Felizmente, o tempo e as ações desenvolvidas para o
aperfeiçoamento da modalidade tem reduzido significativamente o problema. Mas,
em muitos pontos do País, a luta contra o preconceito ainda é uma constante. É
o caso de Santo Augusto, onde, através de atitudes veladas ou explícitas,
situações constrangedoras e até mesmo em propagandas, o preconceito aflorou, a
ponto de ser mote de discursos inflamados de formatura de alunos de EaD e
de
conflitos sociais, que jamais
serão esquecidos.
A realização do trabalho
proposto ocorre através de fontes bibliográficas e pesquisas de campo, com a
finalidade de compreender, analisar e descrever a qualidade do ensino, a
satisfação dos alunos e, principalmente, a questão do preconceito contra a
Educação a Distância em Santo
Augusto. Afinal ,
por que ainda existem essas ações discriminatórias contra a EaD na cidade?
Quais os preconceitos mais gritantes já registrados, em nível local? Qual o
preconceito que mais incomoda os estudantes e profissionais de EaD de Santo
Augusto? E o que é necessário para que a
discriminação contra a modalidade diminua?
Para responder a essas
questões é preciso, primeiramente, visualizar a importância da EaD e o preconceito
com a modalidade de uma forma mais ampla. Essa visão mais globalizada do
problema foi possível através das pesquisas bibliográficas. Já as pesquisas de
campo foram fundamentais para identificar as causas, especificamente em Santo Augusto.
Elas ocorreram em duas etapas: através de entrevistas e da
aplicação de um questionário com 12 perguntas. A compilação de todos os dados dá
uma noção do que o ensino a distância representa para a cidade, e do nível de
preconceito existente em nível local. Todos os envolvidos na pesquisa
consideram muito importante a EaD para os moradores, e, em relação ao preconceito,
a maioria acredita tratar-se apenas de uma questão de tempo.
- UM PANORAMA GERAL
A Educação a Distância é uma
realidade que não pode mais ser negada, pois pode valer a pena quanto ao tempo
e agilidade do curso.
Presente no mundo todo, com um leque cada vez maior de opções, a modalidade vem se tornando não só uma alternativa interessante para muitos que pensam em aprender ou se especializar em alguma área, mas algo essencial em pontos mais distantes geograficamente. Porém, paralelamente ao grande avanço, está a questão do preconceito contra a EaD.
Presente no mundo todo, com um leque cada vez maior de opções, a modalidade vem se tornando não só uma alternativa interessante para muitos que pensam em aprender ou se especializar em alguma área, mas algo essencial em pontos mais distantes geograficamente. Porém, paralelamente ao grande avanço, está a questão do preconceito contra a EaD.
Em algumas partes do País, o preconceito é
companheiro tão constante dos envolvidos com a modalidade quanto o próprio
material didático utilizado durante o curso.
Em maior ou menor grau, o fato é que ele existe e provoca, na maioria
das vezes, revolta, constrangimento ou até mesmo injustiça.
Segundo o último censo da ABED (Associação
Brasileira de Educação a Distância), no ano de 2009
houve aumento de 23% nos investimentos das instituições credenciadas para esta
modalidade comparado ao ano anterior. O estudo mostra, ainda, que a maioria dos
estudantes tem idade entre 30 e 34 anos. Em 2009 calculava-se
que a modalidade já tinha 3 milhões de estudantes em todo o País. E milhares de alunos - tanto de instituições
particulares, como públicas - sofrem preconceito. Isto é o que afirma o
levantamento da ABE-EAD (Associação Brasileira de Estudantes de Ensino a
Distância), que recebe denúncias desde 2007. São casos de discriminação por
alunos de cursos presenciais e dúvidas dos empregadores sobre a validade dos
cursos, mesmo os autorizados pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura).
Além do Conselho, outros órgãos veem problemas no ensino a distância. É o caso do CFESS (Conselho Federal de Serviço Social), que não apoia a modalidade.
Além do Conselho, outros órgãos veem problemas no ensino a distância. É o caso do CFESS (Conselho Federal de Serviço Social), que não apoia a modalidade.
Rita Maria Tarcia, membro do
Conselho Fiscal da ABED, acredita que o preconceito se dá por uma razão
histórica:
“Como a educação tem um histórico presencial,
e como tudo que é novo causa inquietação, a aceitabilidade do mercado de
trabalho dos alunos de cursos a distância deve ser definida ao longo do tempo.
O ensino a distância está cutucando o presencial, que agora começa a se mexer e
olhar os recursos disponíveis. Começa-se a repensar o ensino, de uma forma mais
atualizada.”
Em 2008, o CFB (Conselho Federal de Biologia publicou resolução proibindo o registro para profissionais com diplomas de ensino a distância. Segundo o secretário de educação a distância do MEC, Carlos Eduardo Bielschowsky, qualquer medida contra o aluno formado por instituições credenciadas pelo governo é ilegal: "Entramos com as medidas legais e eles vão sofrer a penalidade da lei."
A maior
dificuldade ainda está em conseguir estágio, para obter o registro profissional
e fazer inscrição em
concurso.
Em São Paulo , a ABE-EAD iniciou, em 2009, uma discussão com o
Conselho Municipal de Educação que, por meio de deliberações de 2004, vetou a
participação de professores formados a distância em concursos públicos.
Em São Paulo
Segundo André Genesini,
pesquisador de educação, professor no Senac e associado da Abed, “no Brasil
ainda há muita desinformação quanto às reais possibilidades e os reais
resultados da EAD. O MEC determina, porém, que o diploma para quem faz a
universidade a distância ou presencial seja o mesmo. O que importa é a
titulação, e não a forma de entrega do conteúdo”, defende Genesini.
Um edital do TJAM (Tribunal de Justiça do
Amazonas), publicado em 2010, para o processo seletivo de estagiários, exigia
que os candidatos estivessem regularmente matriculados em curso de graduação de
direito, de estabelecimento de ensino superior autorizado ou reconhecido desde que não fosse na modalidade de ensino
a distância.
O edital causou indignação
entre os leitores do site do TJAM, onde o mesmo foi publicado. Uma das postagens, do leitor Juarez Silva, de
Manaus, diz o seguinte:
A
EaD tem toda uma regulamentação que vem desde a LDB ( de 1996, através da qual,
fica claro que não há qualquer motivo legal que justifique discriminação
baseada na modalidade em que se dá o curso superior, muito pelo contrário.
Todas as tentativas de discriminar estudantes e egressos da modalidade tem sido
derrotadas judicialmente, e o preconceito que dificulta o acesso ao mercado de
trabalho (começando pelo estágio), não pode se transformar em discriminação
oficial, através de óbices em editais, por exemplo.
E há notícias
alvissareiras, que demonstram os avanços da EaD no Brasil, dentre elas,
destacamos as seguintes: A AIEC (Administração a Distância) alcança nota máxima
no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2007; Alunos a
distância vão melhor no ENADE (Folha de SP, 2007; Aluno da Educação a Distância
conquista a maior nota nacional no ENADE (2010); UFSCAR (Universidade Federal
de São Carlos) oferece curso superiores à distância : FGV (Fundação Getúlio
Vargas) graduação on line; e muitas
mais, como a USP (Universidade de São Paulo), que também passou a oferecer
cursos a distância. Portanto, como se vê o problema não está na modalidade, mas
como seus cursos (assim como os da presencial) são estruturados. O paradigma da
EAD é ”não mais o professor ensinando, mas o aluno aprendendo”.
Poderíamos citar milhares
de exemplos de preconceito verificados no Brasil e no mundo. Apesar de que há
Países onde a EaD é bastante respeitada. Em muitos países, o preconceito com a
EaD já foi há muito superado, inclusive sendo o profissional que obtém um
diploma através da modalidade, altamente valorizado no mercado de trabalho,
pois é entendimento geral que o perfil padrão do estudante EaD é de alguém
disciplinado, autodidata, excelente utilizador de tecnologia, proativo e
praticante da educação continuada, aliado à qualidade das escolas (incluindo
tradicionais e renomadas).”
Segundo uma entrevista do
educador Rory McGreal à Folha Dirigida, em setembro de 2010, “no Canadá, o
mercado dá preferência aos formados a distância”.
Embora venha diminuindo, o
preconceito contra a modalidade é um dos pontos que mais afeta o setor, em todo
o Brasil.
Em seu artigo, intitulado
“Embromação a Distância”, o economista Cláudio de Moura Castro fala do assunto
de um jeito bem informal, mas com dados bem interessantes, que resumem a
importância da EaD nos dias de hoje. Segundo Moura Castro (2009),
“Ilustres filósofos e
distinguidos educadores torcem o nariz para o ensino a distância (EAD). Há
embromação, como seria esperado. Há apostilas digitalizadas vendidas como cursos
de nomes pomposos. Mas e daí? Que área escapa dos vigaristas? Vemos na EaD até
cuidados inexistentes no ensino
presencial, como a exigência de provas presenciais e
fiscalização dos postos de recepção organizada (nos cursos superiores)”.
Para o educador José
Manuel Moran,
a tendência é o virtual, em pouco tempo
não haverá mais cursos totalmente presenciais. Todas as universidades e
organizações educacionais, em todos os níveis, precisam experimentar como
integrar o presencial e o virtual, garantindo a aprendizagem significativa. Estamos
caminhando para uma aproximação sem precedentes entre os cursos presenciais
(cada vez mais semi-presenciais) e os a distância ou on-line. Teremos inúmeras
possibilidades de aprendizagem que combinarão o melhor do presencial (quando
possível) com as facilidades do virtual. (MORAN, 2005, p. 145 e 146).
2.1 -
IMPORTÂNCIA E PRECONCEITO EM
SANTO AUGUSTO
Morar numa cidade pequena, onde as
opções em cursos superiores, pós-graduação, mestrado ou doutorado são mínimas
ou mesmo inexistentes, pode não ser o fim do mundo. Pelo menos hoje em dia, em
que os cursos a distância estão cada vez mais acessíveis.
Especificamente em Santo Augusto /RS,
cidade de 14.000 habitantes, situada na região celeiro, noroeste gaúcho, há
oito escolas municipais, quatro estaduais e uma federal, instituição esta que
oferece cursos técnicos, superiores e de pós-graduação; o setor de EaD já está
em andamento, e os cursos deverão ser ofertados num futuro próximo. Além disso,
a cidade conta com três faculdades particulares, das quais duas trabalham com
EaD, e em toda a região há polos de instituições que oferecem um leque bastante
amplo de cursos, o que acaba atraindo muitos interessados.
Apesar de todas as
exigências feitas pela União, para o devido funcionamento das Instituições que
trabalham com EaD, é sabido que a qualidade de alguns cursos deixa a desejar.
Mas, de um modo geral, o que se observa em Santo Augusto é que
os alunos têm se mostrado satisfeitos neste quesito, pelo menos a maioria dos
entrevistados ao longo da realização deste trabalho. Porém, o rápido sucesso da
modalidade na região revelou preconceitos, principalmente na própria área da
educação.
A Uniasselvi – Centro Universitário Leonardo
da Vinci, que reúne várias instituições de nível superior de Santa Catarina, e
que está presente em várias partes do País, totalizando aproximadamente 70 mil
alunos, é a única escola da cidade que já nasceu com o objetivo de oferecer
cursos na modalidade a distância. Foi fundada em 2006 por Dione Dagmar
Sperotto, formada em pedagogia, supervisão escolar e orientação escolar, e
pós-graduada em Interdisciplinaridade e em Educação Especial. Segundo ela, que também é
professora e tutora da Escola, a procura pelos cursos oferecidos - Processos
Gerenciais e Pedagogia - superou as expectativas, iniciando as atividades com
duas turmas. No ano seguinte, foram oferecidos mais três novos cursos: Letras,
Matemática e Biologia, e em 2008, teve início também o curso de Ciências
Biológicas. Os encontros são semanais; nos outros dias da semana, os alunos
estudam sozinhos com o material didático fornecido pela Escola, fazem
exercícios, trabalhos de avaliação e podem tirar suas dúvidas pela internet ou
por telefone.
Aproximadamente 200
alunos já iniciaram ou concluíram os cursos oferecidos pela Uniasselvi, em Santo Augusto.
Atualmente , a Escola conta com 30 alunos, matriculados em
dois cursos. São professores, empresários,
babás, trabalhadores no comércio, funcionários públicos e profissionais
liberais. Numa das turmas, além dos alunos de Santo Augusto, existem seis
alunos do município de Chiapetta que se deslocam 20 quilômetros para
cursar o ensino superior. “A turma é participativa, há vários alunos com
dificuldades em interpretar o caderno de estudos, e aproveitam o encontro
presencial para tirar as dúvidas, pois dificilmente entram em contato com a
tutora do curso, por ficarem inseguros em questionar e não sabem como formular
as perguntas. Incentivo-os sempre e alguns já se encorajaram; ligaram para o
0800 e foram muito bem atendidos pela professora tutora, que não mediu esforços
para explicar, tirando todas as dúvidas apresentadas. Todos almejam concluir o
curso, pois acreditam na importância de uma formação acadêmica para o sucesso
profissional.”
A professora Marlise
Sperotto, no magistério há mais de 20 anos, também foi tutora externa da
Uniasselvi, de 2006 a
2010. Foram quatro anos de muita luta e muitas histórias ao lado da companheira
de trabalho Dione Sperotto. Ambas relatam as dificuldades da implantação da
escola, da divulgação e aceitação dos cursos, e das questões que consideram
mais acintosas contra a EaD na cidade.
Segundo Marlise Sperotto,
as dificuldades começaram antes mesmo da implantação do estabelecimento. “Foi
muito difícil conseguirmos o espaço físico para darmos início aos trabalhos. O
que nos ajudou foi o fato de sermos professoras conhecidas, atuando há muitos
anos na cidade. A reação das pessoas, nas visitas que fazíamos, era de
desconfiança. Levávamos todo o material de divulgação, e quando falávamos que o
curso era na modalidade EaD, muitos até deixavam o local, por não acreditar na
eficácia do método. Nos primeiros encontros, perdemos muitos alunos, porque
havia a mentalidade que, sendo a distância, o curso poderia ser levado “de
qualquer jeito”. Mas, felizmente, aos poucos, isso tudo foi mudando, e o que
mais contribuiu com essas mudanças foi que as pessoas começaram a enxergar as
verdadeiras transformações ocorridas a partir de ações de alunos que colocaram
em prática o que haviam aprendido no curso. Muitos “abriram a visão” ou mesmo
novos caminhos, o que se refletiu de maneira muito positiva na sociedade.”
2.2
CONSTRANGIMENTO, REVOLTA E PROTESTO
A professora Dione
Sperotto, por sua vez, recorda um episódio lamentável, por ocasião do Dia da
Pátria, em 2008. “Primeiramente, a Uniasselvi não foi convidada a participar do
Desfile de Sete de Setembro, juntamente com todas as outras escolas do
município, mas mesmo assim, decidimos desfilar. Porém, não imaginávamos o
constrangimento que estava por vir: a banda simplesmente parou de tocar no
momento em que nos aproximamos do palanque, onde estavam as autoridades locais.
Foi uma total falta de consideração e respeito, que interpretamos como uma
atitude preconceituosa e discriminatória, pelo fato de muitos serem contra a
EaD e a Escola de cursos a distância na cidade. Desfilamos por todo o percurso
sem música alguma. Ao questionarmos os responsáveis pela banda, a respeito do
silêncio, ouvimos simplesmente a seguinte explicação: “Foram ordens de cima,
que quando a escola entrasse, a banda parasse de tocar”. E até hoje não sabemos o por quê dessas
ordens, e de quem elas partiram.”
A professora comenta
também o fato de uma empresa da cidade custear 50% dos estudos de seus
funcionários, desde que o curso não seja a distância. “Muitos não acreditam que
um curso a distância possa ter um
material didático e método de
ensino de qualidade”.
E num local estratégico, no centro da cidade,
há uma placa com propaganda de uma escola, que diz: “Fez Educação a Distância e
agora não consegue emprego? Venha para a (escola “x”...).” Numa avaliação da
professora Marlise Sperotto, “o que
as Instituições que utilizam esse tipo de marketing não percebem é que isso é
uma propaganda negativa, que depõe contra ela mesma, já que EaD é algo que
representa a modernidade, o avanço, o futuro. E quem garante que, talvez até
mesmo num futuro breve, essa mesma instituição não venha a oferecer algum curso
a distância? Exatamente como aconteceu com uma das mais conceituadas
universidades que atuam na região, que até há pouco tempo também se posicionava
contra, e hoje oferece vários cursos a distância.”
Na verdade, os prejuízos
de quem alardeia o “insucesso” da Educação a Distância não ficam só no terreno
moral, já que muita gente que faz ou trabalha com EaD se sente ofendida, e pode
revidar não fazendo algum outro curso que pretendia fazer naquela Instituição.
Isso também, segundo alguns entrevistados, foi observado no caso supracitado, “muitos
simplesmente desistiram da idéia, o que vale dizer que foi um verdadeiro tiro
no pé daqueles que se dispuseram contra essa modalidade de ensino”.
A revolta com a
publicidade negativa e as manifestações contra a modalidade, foi parar nos
púplitos, em discursos acalorados de formandos de EaD, como forma de protesto
contra aquilo que consideram uma afronta. A indignação pode ser conferida no
trecho deste discurso, da segunda turma de formandos da Uniasselvi, que iniciou
os estudos em 2007, e concluiu o curso em 2010:
“Aos alunos que acreditaram nessa nova modalidade de
ensino oferecido pela Uniasselvi, de
INDAIAL SC agradecemos pela confiança, força de vontade, empenho superação
dos limites, mudança de rotina, espírito coletivo, que vocês tiveram nestes 2
anos e meio, vocês são vencedores, guerreiros dignos de receber um diploma pois
o esforço que todos fizeram é incomensurável, num município pequeno no interior
do estado, com uma comunidade resistente a mudanças e um tanto preconceituosa quando se trata de
mudar paradigmas, tecnologias, talvez até a cultura, o que dirá a educação.
Quero
lembrar que esta turma iniciou em
dezembro de 2007 com 39 alunos inscritos dos quais 34 efetivaram a matricula e
27 persistiram e estão concluindo hoje o ensino superior, superando seus limites.”
Os números apresentados no discurso dão uma
idéia do interesse pela EaD e da importância que ela representa para os
moradores de Santo Augusto.
Outro discurso, que provocou
desconforto entre os que, de alguma forma, se posicionaram contrários à
modalidade, e que, ao mesmo tempo serviu de desabafo para todos os que
vivenciaram a questão do preconceito, foi o do formando do curso de letras pela
mesma Faculdade, Jeferson Edegar da Silva, em Janeiro de 2010:
“Apesar
da sociedade nos dar frequentes demonstrações de ainda não estar pronta para
reconhecer a qualidade do ensino e dos profissionais formados através do AED,
pois ao longo do curso sofremos críticas e fomos por inúmeras vezes diminuídos
com palavras, gestos e até mesmo através de material gráfico exibido em nossa
cidade, cabe a nós formandos provar a estes a qualidade dos profissionais que
hoje ingressam no mercado...
...Hoje
somos graduandos de Letras, os novos professores de Língua Portuguesa e
Literatura. Sabemos que a perfeição não existe e que, nesta caminhada, nem
todos, nem mesmo nós, conseguimos atingir a totalidade de nossas expectativas,
afinal de contas, como sabiamente pondera Henfil: “Se não houver frutos, valeu
a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não
houver folhas, valeu a intenção da semente”.
Embora tentando aplicar o pensamento acima em
sua caminhada diária, não demorou muito, após o discurso, para que o
profissional provasse do amargo fruto do preconceito em relação à EaD. Segundo Jeferson, havia uma vaga para professor
em uma escola da cidade que se ajustava perfeitamente às qualificações obtidas
por ele através do curso que havia acabado de concluir. Ele conta que, ao
procurar a diretora da escola, esta se mostrou muito receptiva com a
possibilidade dele vir a ocupar o cargo, até o momento em que, ao ser
questionado a respeito da faculdade cursada, Jeferson respondeu que o curso
tinha sido a distância. “Foi como um balde de água fria na conversa. Até os
braços dela caíram, tamanha a
decepção da mulher. E aí, já partiu para o clássico: “qualquer coisa, a gente
liga”, e acabou ficando por isso mesmo. E isso já faz um ano”.
Tal
constatação parece ir tomando corpo a cada dia, a cada nova turma que se forma,
a cada nova empreitada. Em seu discurso de formatura da turma de fevereiro de 2011, a tutora da
Uniasselvi, Dione Sperotto proferiu as seguintes palavras:
“Estamos aqui hoje, dia 12 de fevereiro de 2011,
para mais uma solenidade de formatura do ead, essa modalidade de Ensino que já
não é mais nova, está sendo cada vez mais procurada pelo mundo afora, sendo
aderida pelas mais diversas pessoas, que se desafiam a encarar uma modalidade
de ensino que rompe com as barreiras do tempo.
Vocês estão sendo
autores das suas histórias, venceram muitos desafios. Foram 3 anos e 6 meses de
estudos, estágios, projetos, trabalho de conclusão, dúvidas, certezas, angústias,
medos, enfim, como qualquer outra universidade. Tiveram muitos obstáculos
durante a caminhada, venceram em parte o preconceito e mostraram pra sociedade
que são tão bons profissionais como qualquer outro formado em outra
universidade.
Aqui em Santo Augusto isso se evidenciou no concurso
público que aconteceu em 2010 na área da educação. Os primeiros colocados que
assumiram seus cargos cursaram o ensino a distância já estão empregados. Isso é
louvável e prova, mais uma vez que não importa a modalidade
de ensino que você cursa, o que importa é o que você faz com o que
aprendeu.”
O discurso da tutora foi
arrematado com um pensamento de Augusto Cury, que se encaixa perfeitamente no
papel do aluno de EaD:
“A maior tarefa do
ser humano é ser líder de si mesmo e a maior tarefa de um líder é sair da
platéia, entrar no palco da sua mente e ser autor da sua história. Um ser
humano sem história é um livro sem letras, uma foto sem imagem, um rio sem
nascente. com lágrimas ou júbilos nossa história é um tesouro
insubstituível.” (CURY, 2004, p.21).
4.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com os dados
obtidos na pesquisa, verificou-se que... (anexar dados, gráfico e os
resultados).
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A importância da EaD para
a sociedade moderna é incontestável. Afinal, todos buscam a praticidade,
facilitar ao máximo a vida, e essa é uma grande vantagem dos cursos a
distância, por ser uma opção estratégica para quem trabalha em localidades
distantes dos grandes centros urbanos e para quem tem uma agenda de trabalho
difícil de se prever. Por isso, em Santo Augusto , a modalidade EaD é cada vez mais
procurada, até porque muitos dos que buscam os cursos a distância enfrentam ambas
as dificuldades.
Através das entrevistas e
do questionário aplicado a alunos e ex-alunos de EaD em Santo Augusto , ficou
claro também que o preconceito ainda existe,
mas a maioria acredita (ou tem esperança) que, com o tempo, tudo vai
melhorar
Mesmo com tantos bons
exemplos que podem ser atestados na comunidade, comprovando a eficácia dos
cursos a distância em
Santo Augusto , há os que não se rendem, preferindo ignorar o
da modalidade ou até mesmo prosseguir com os ataques. Por puro medo de perder
terreno no campo da educação, que é tão vasto, ou por total desconhecimento
acerca desse método de ensino. Plantam a difamação, esperando certamente colher
êxito, sucesso e reconhecimento, tripudiando em cima de algo que irá prejudicar
toda a comunidade. “É esse o exemplo que alguém que se propõe a ensinar, quer
dar aos seus alunos? E com que direito eles atacam assim algo legal,
institucional e que, na essência, é o mesmo “produto” com que trabalham?” Essas são perguntas que todos fazem, já que a
propaganda negativa, persistente e descaradamente preconceituosa é uma das
questões que mais incomodam alunos e professores de EaD em Santo Augusto.
Mas, apesar do incômodo,
alunos e profissionais procuram agir de acordo com o pensamento do filósofo
ítalo-argentino José Ingenieros (1877-1925), que diz: “Quem caminha em direção
à luz, não tem tempo de observar o que se passa nas trevas”.
Ignorando, mas ao mesmo
tempo se mantendo bem atentos a tudo o que pode interferir negativamente no
desenvolvimento da EaD, em nível local, todos buscam a excelência do método e
do material utilizado, imprescindíveis
para que a modalidade conquiste cada vez mais o respeito
por parte da comunidade.
Sim, ainda há preconceitos e atitudes que
desagradam ou constrangem, mas felizmente, há também os bons resultados, os
bons exemplos e as boas iniciativas, que já amenizaram a dura realidade em que
esteve inserida a EaD na cidade, e a
velha e boa esperança de que, num futuro breve, o preconceito seja realmente
algo do passado em
Santo Augusto.
6.
REFERÊNCIAS
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dez. 2007.
______. Decreto nº. 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Estabelece as diretrizes para Educação a
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dez. 1998.
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Distância como
apoio para a formação de professores de língua estrangeira – inglês.
Revista Formas e Linguagens, Ijuí/RS, v.02, 2002.
7. ANEXOS
7. 1 - Placa
Placa
de uma escola, localizada no centro de Santo Augusto, denegrindo a EaD.
7.2 –
Questionário aplicado a alunos e ex-alunos de EaD em Santo Augusto.
PESQUISA
SOBRE SATISFAÇÃO DOS ALUNOS E ANÁLISE DO
PRECONCEITO EM RELAÇÃO À EAD EM SANTO AUGUSTO
Este questionário,
composto de 12 questões, integra o Trabalho de Conclusão do Curso de
Pós-graduação lato sensu em Tecnologias
e Educação a Distância,
pela Unicid – Universidade da Cidade de São Paulo, e tem o objetivo de avaliar
a satisfação dos alunos de EaD quanto ao método e à qualidade do curso que realizaram ou estão
realizando, e também o preconceito em relação à modalidade, vivenciado pelos
próprios alunos, em
Santo Augusto.
Não é necessário
identificar-se.
Obrigada pela
colaboração.
1.
Por que você optou pela modalidade EaD?
( ) Por causa da
inexistência de cursos presenciais do meu interesse, onde moro
( ) Por causa do método
( ) Por causa da
praticidade
( ) Por causa do preço
( ) Outro(s) motivo(s)
Comentário:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. O
que você achou ou está achando do curso?
( ) Excelente
( ) Muito bom
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim
Comentário:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Era
o que esperava?
( )
Sim
( )
Não
( )
Mais ou menos
( )
Na verdade, me decepcionei com o método e a qualidade
( )
Na verdade, me surpreendi com o método e a qualidade, que são ótimos
Comentário:
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4. O curso é (ou foi) muito complexo? Você
tem (ou teve) dificuldades para assimilar as matérias?
( ) Muito complexo; tenho (ou tive)
dificuldades para assimilar as matérias
( ) Complexo, mas consigo (ou consegui)
assimilar bem as matérias
( ) Mais ou menos; consegui
acompanhar sem problemas
( ) Tranquilo; consigo (ou consegui)
assimilar bem as matérias
Comentário:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Em relação ao mercado de trabalho, como você se sente ou acha que se sentirá ao
concluir esse curso?
( )
Muito bem preparado
( )
Preparado
( )
Mais ou menos preparado
( )
Não me sinto (ou sinto que não estarei) preparado
Comentário:
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6. Na sua opinião, qual a importância que a EaD tem para
Santo Augusto?
( ) È essencial, porque sem ela, muitos não
poderiam fazer o curso que desejam
( ) É importante, mas não essencial, já que tem
bastante escola que oferece bons cursos
( ) É relativamente importante, porque o
mercado de trabalho local não é dos melhores
( ) É pouco importante. A maioria só faz para
não ficar parada e ter um certificado.
Comentário:
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7. Dá para se perceber mudanças no desenvolvimento da
cidade, por conta da EaD?
( )
Com certeza! A maioria ampliou a visão a partir de cursos realizados em sua
própria área de atuação, ou na área que gostariam de atuar, e muitos se tornaram
grandes empreendedores
( )
Dá para se perceber a mudança através do próprio atendimento nos novos
estabelecimentos e nos tradicionais que passaram por reformulação
( )
Dá para se perceber uma mudança sutil, com uma transformação gradual do nível de
profissionalismo e do atendimento ao público
( )
Creio que ainda é cedo para apontar mudanças, mas certamente elas ainda ocorrer
( )
Não dá para perceber mudanças por conta da EaD, e não acredito que elas serão
significativas, se ocorrerem.
Comentário:
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8. Como você avalia a questão do preconceito existente em relação
à modalidade?
( ) Sei que existe, mas
ainda não vivenciei nenhum tipo de preconceito
( ) Infelizmente existe,
e já senti na pele esse problema
( ) Infelizmente existe,
e sei de casos envolvendo pessoas próximas
( ) Percebo que há um
certo preconceito quando comento que meu curso é EaD
( ) Acho que não existe
tanto preconceito, porque a modalidade já tem o reconhecimento
merecido por parte de
toda a sociedade
( ) Acho que ainda
existe, mas é uma questão que vem melhorando
Comentário:
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( )
Nas Empresas (na hora de contratar)
( )
Nas Escolas (na hora de contratar)
( ) Em algumas Instituições
de Ensino que não oferecem a modalidade
( )
Na sociedade, de um modo geral (nas conversas e atitudes das pessoas)
( )
Nas divulgações feitas sobre a modalidade na cidade (panfletos, out door,
cartazes, etc)
( )
Na esfera política
Comentário:
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10. Na sua opinião, por que a EaD ainda é discriminada
por alguns, principalmente na hora de contratar?
( )
Por conservadorismo (medo do novo)
( )
Por desconhecimento
( )
Por não acreditarem na eficácia da modalidade: qualidade, metodologia, etc.
( )
Por capricho, teimosia
( )
Por puro preconceito
Comentário:
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11. Pela ordem de importância, qual o preconceito que
mais incomoda estudantes e profissionais da EaD na cidade? (Numere as
alternativas, começando pela opção que você considera o preconceito que mais
incomoda).
( )
A maneira pejorativa como
a modalidade é tratada por amigos e familiares
( )
A forma depreciativa como
a sociedade se refere à modalidade
( )
A indiferença ou mesmo desprezo dos eventuais empregadores
( )
O que é movido por motivos políticos
( )
A forma discriminatória como
a modalidade é diculgada por certas instituições de ensino
Comentário:
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12. O que você acha que deve ser feito para que esse
preconceito diminua?
( )
Na minha opinião, os envolvidos têm que simplesmente ignorar os ataques e
seguir em frente
( )
Acho que, à medida que os cursos vão melhorando, e os alunos alcançando seus
objetivos, esse preconceito vai diminuindo
( )
Acho que é
necessário que os envolvidos conquistem cada vez mais espaço e cobrem o devido
respeito por parte de toda a comunidade
( ) Não tem que fazer nada. Por conta da
evolução, em pouco tempo, todo o preconceito contra a EaD será coisa do
passado.
Comentário:
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